O projecto VINOVERT e seus parceiros não procuram pronunciar-se de forma genérica no debate sobre as melhores práticas. Estruturado em torno de centros de investigação, o projecto procura antes identificar a coerência entre a emergência de novas práticas no sector vitivinícola e a procura dos consumidores.
Face ao exposto, é objectivo do projecto tratar um certo número de questões que, directamente, interessam e afectam os profissionais do sector, a saber: será que os vinhos biológicos e os vinhos naturais são verdadeiramente “desejados” pelos consumidores? e, se sim, em que condições? Quais são as verdadeiras arbitragens entre a qualidade gustativa e as alegações ambientais e sanitárias? Quais são os factores que favorecem o reforço das acções de responsabilidade ambiental e sanitária das empresas? Quais são os obstáculos comportamentais que bloqueiam o sistema de reorientação da viticultura?
Existem vários indicadores que, desde já, sugerem que a orientação para a “naturalidade” é uma tendência de fundo. Concretamente, algumas exigências de consumidores de países da Escandinávia, Alemanha ou do Canadá levam a crer que a procura deste “tipo” de vinho tenderá a aumentar e que, portanto, os produtores terão interesse, num futuro próximo, em integrar estas novas conceptualizações, a fim de se poderem adaptar a este mercado em transição.
Deste modo, não cabe ao projecto VINOVERT tomar decisões nos debates sobre os valores apegados aos conceitos antes explicitados. Contudo, queremos ser participantes activos nas novas tendências que se estão já a desenhar e a constituir e, deste modo, também atentos aos profissionais do sector, tendo em vista ajudá-los a compreender e a lidar com as novas tendências em torno do vinho.