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Entrevistas conjuntas

Professora Associada do ISA e investigadora do LEAF, Isabel Rodrigo trabalha na área da sociologia rural desde que terminou a sua licenciatura em Agronomia. As políticas agrícolas, ambientais e de desenvolvimento rural, as identidades e a formação profissional dos agricultores, as mulheres na agricultura ou os circuitos curtos são algumas das suas preocupações no âmbito da investigação.

Filho de viticultor, Philippe Darriet é Diretor da unidade de investigação de Enologia no ISVV, investigador na área da enologia e um amante dos vinhos. No ISVV lidera equipas multidisciplinares que tratam uma grande parte dos problemas relacionados com o vinho: análise de marcadores químicos, componentes aromáticos e de sabor, análises sensoriais e estudo dos mercados (testes ao consumidor)...

Estes investigadores dão-nos as suas visões sobre o projeto VINOVERT, cada um na sua especialidade, perspetivas diferentes de uma aventura de investigação em laboratórios e vinhas europeias.

Isabel Rodrigo

Quais são as suas preocupações no projeto VINOVERT?

Vou centrar-me nos aspetos sociológicos do projeto, estudando e adaptando as ações junto dos vitivinicultores portugueses (GT4). Em Portugal, este sector profissional diferencia-se  em duas categorias claramente distintas de produtores, as grandes empresas e os pequenos produtores, muitas vezes idosos e que cultivam unidades produtivas de pequenas dimensões físicas. Na minha opinião, o nosso país tem, de certo modo, protelado a relevância das  questões ambientais nos modos de produzir, no caso concreto da viticultura.  Neste âmbito, o meu trabalho é contribuir para que  o setor se “consciencialize”, desenvolvendo ferramentas que contribuam para o  desenvolvimento dos seus profissionais. No âmbito do VINOVERT, trabalho sobretudo em estreita colaboração com os nossos parceiros franceses.

O seu contributo como investigadora

Conheço relativamente bem o setor agrícola nacional e as suas especificidades.. Realizei vários estudos sobre os DOC, as políticas agrícolas e ambientais, a formação profissional (...). Nos meus trabalhos e relações internacionais, também pude identificar alguns dos principais desafios que a agricultura nacional terá de enfrentar nos próximos anos e os obstáculos em Portugal são, nalguns aspectos, relevantes

O seu trabalho no projeto

Sendo a minha preocupação a sociologia, vou colaborar nos trabalhos sobre os estímulos (nudges), adaptando-os para os produtores de vinho portugueses. Em França e em Espanha, a mudança já está em curso e, parte considerável dos produtores portugueses, sobretudo os mais idosos, ainda têm dificuldade em compreender o conceito. Espero que a investigação em Portugal sobre os “nudges”, ou economia comportamental, possa contribuir para  uma melhor compreensão da situação actual e, deste modo, encontrar ferramentas para  sensibilizar os pequenos produtores para para as evoluções do mercado e adopção  de novas práticas agrícolas.

O seu interesse no projeto

A dimensão europeia do projeto captou imediatamente a minha atenção, uma vez que permite comparações importantes entre sectores vitivinícolas com políticas específicas bem diferenciadas e onde, por exemplo, a questão ambiental assume já bastante relevância, como sucede nomeadamente em França. Deste modo, o confronto com outras experiências e ponderação dos resultados, entretanto, alcançados, é sempre uma mais-valia.

A transdisciplinaridade

É uma vantagem, do ponto de vista científico, poder abordar um problema sob vários ângulos/”pontos de vista” científicos. Isto aplica-se à parte internacional, mas também às disciplinas de investigação que se entrecruzam no âmbito do projeto. Com efeito, o VINOVERT permite-nos abordar os problemas reais a partir de e com base num espectro bastante amplo de disciplinas científicas. É muito interessante e importante realizar este tipo de abordagem científica. A interdisciplinaridade é a forma de contactar com o real, talvez a única para nós enquanto investigadores. Sem ela, apenas vemos uma parte do funcionamento da realidade. Neste sentido, é algo de muito bom para o projeto e para os seus objetivos.

Porque é que se interessou pelo vinho?

Pessoalmente, já tinha trabalhado em  diferentes áreas do sector agrícola, mas nunca especificamente sobre o vinho. Deste modo, é, para mim,  uma experiência nova e muito interessante

As suas esperanças para o futuro

Espero que o nosso trabalho possa ser útil para os profissionais do setor. É para isso que aqui estamos.

Já provou os vinhos?

Ainda não, mas estou ansiosa. Segundo sei, algumas produções também foram melhores do que o esperado...

 

 

Philippe Darriet

Quais são as suas preocupações no projeto VINOVERT?

Desde a sua criação que o Instituto da Vinha e do Vinho se preocupou com os problemas concretos dos produtores de vinho. O diretor anterior, como eu aliás, era filho de um viticultor. A nossa cultura está verdadeiramente ao serviço do vinho e daqueles que o fazem. O ISVV é um instituto criado para satisfazer todas as necessidades dos profissionais do vinho.

Recentemente, alargámos a nossa investigação aos consumidores e à economia, de forma a integrar as problemáticas dos mercados, com Eric Giraud-Heraud que se juntou à equipa há pouco mais de dois anos. Uma verdadeira mais-valia de que nos alegramos todos os dias.

O seu contributo como investigador

Eu faço parte de uma equipa multidisciplinar liderada pelo Eric Giraud Héraud, Diretor científico do ISVV, que foi implementada há já oito anos para cobrir uma ampla gama de investigações: agronomia, biologia, microbiologia, química, enologia, economia. Através da nossa investigação, vamos concentrar-nos na compreensão do impacto das práticas e dos insumos na qualidade dos vinhos, na esperança de encontrar formas de apoiar a produção de vinhos mais ecológicos.

O seu trabalho no projeto

Pessoalmente, interesso-me mais especificamente por questões relacionadas com os aromas e todos os compostos que os alteram ou realçam. Dito desta forma, parece algo muito fascinante, mas na verdade preocupo-me com doenças, fungos, compostos carbonílicos, oxigénio dissolvido... Como pode constatar, trabalhar o vinho não invalida de forma alguma a abordagem científica.

O seu interesse no projeto

O projeto VINOVERT permitirá experiências comparativas em diferentes territórios. O clima afeta diretamente o desenvolvimento de certas doenças e, consequentemente, o uso de insumos. Mais humidade significa frequentemente mais fungos, e, portanto, mais tratamentos. Ao trabalhar em diferentes territórios, cada um com as suas características culturais e climáticas, esperamos identificar mecanismos que associem o tratamento da vinha aos aromas e à higiene em enologia, mas também adquirir uma experiência que nos permita apoiar melhor os produtores.

Em relação aos aspetos económicos e de consumo, os economistas vão apoiar as suas metodologias nas orientações de investigação dos nossos parceiros espanhóis da Universidade de Santiago de Compostela. Trata-se de uma mais-valia incontestável.

A transdisciplinaridade

Como certamente já percebeu, o ISVV está mergulhado na multidisciplinaridade. Estamos mais do que conscientes dos problemas dos profissionais e estes devem ser analisados como um todo. Neste contexto, considero o projeto VINOVERT exemplar. Imagine que até chegamos a trabalhar com historiadores e geógrafos.

Porque é que se interessou pelo vinho?

Como é que poderia não o fazer? Eu cresci em contacto com o vinho. Mas, para além deste aspeto muito pessoal, é um assunto fascinante para um investigador.

As suas esperanças para o futuro

Já o mencionamos anteriormente, o caráter europeu do projeto é interessante. Permitir-nos-á lançar as bases de um modelo que associa os tratamentos à qualidade dos vinhos. Isto é importante em termos de investigação e uma base muito interessante para futuras investigações. Abrirá caminho para novas investigações relacionadas com as questões dos sulfitos, dos impactos das doenças (etc.) e, assim o esperamos, para ferramentas que permitam a produção de vinho mais ecológico.

Para além dos aspetos científicos, há o fator humano, muito enriquecedor, que nos liga aos nossos parceiros do sul da Europa e isso é uma sorte.

Já provou os vinhos?

Já não falta muito! Tê-los-emos provavelmente até ao final do ano ou início de janeiro. Mas não se iluda, faremos uma prova específica. Vamos analisar a possível presença de marcadores de alteração do sabor.

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