Rumo a uma evolução no índice?
O IFT, índice de frequência de tratamentos, é uma ferramenta de medição das práticas ao nível dos tratamentos fitossanitários. Este índice mede a aplicação de produtos químicos (herbicidas, fungicidas, inseticidas, moluscicidas, clarificadores, hormonas), mas não inclui produtos biológicos ou práticas mecânicas e culturais (poda, corte...). No entanto, estas práticas podem ter um impacto no controlo de doenças, insetos ou outras bactérias que afetam a vinha.
O projeto VINOVERT decidiu desenvolver um protocolo específico que integra todas estas dimensões, para criar uma observação completa de todos os tratamentos realizados (químicos ou não). O objetivo desta investigação é identificar, em cada território, as práticas mais adequadas para reduzir o uso de insumos sem prejudicar a qualidade dos vinhos.
Para esse efeito, foi implementada uma abordagem padronizada. Para além do IFT, que mede a quantidade de tratamentos fitossanitários, os investigadores do projeto estão a desenvolver um novo indicador para quantificar os esforços dos viticultores na prevenção das doenças, através de práticas culturais profiláticas. Cada viticultor anota, diariamente, todas as operações que realiza em cada uma das sub-parcelas do projeto. Toma nota da data, do local, dos tratamentos e de todas as práticas culturais tradicionalmente realizadas,
O ano de 2017 foi dedicado à criação desta metodologia abrangente. Uma primeira experiência já foi levada a cabo e deve conduzir a resultados iniciais, durante os próximos meses. 2018 será um ano de desenvolvimento mais sistemático para validar os diferentes critérios e identificar as relações significativas entre eles.
As colaborações internacionais proporcionaram aqui ferramentas de estudo, únicas, para ultrapassar critérios redutores e dar uma perspetiva alargada dos tratamentos reais, realizado nas vinhas do sul da Europa.